17/03/2016 12h35 - Atualizado em 17/03/2016 14h08

Crea-ES mobiliza 32 mil profissionais para combate ao mosquito

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) conta agora com mais uma parceria para o combate ao mosquito Aedes aegypti. O secretário Ricardo de Oliveira recebeu representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Espírito Santo (Crea-ES) na noite desta quarta-feira (16). Durante o encontro, o subgerente de relacionamento institucional da entidade, Eduardo Altoé, garantiu que o órgão não só apoiará a guerra contra o mosquito, como também criará o seu próprio Dia D semanal.

O representante do Crea-ES revelou que são 32 mil profissionais, entre engenheiros e agrônomos, para serem mobilizados na luta contra o Aedes aegypti. “Tenho a convicção de que podemos contribuir muito nesse processo. Nossa ideia também é ampliar ainda mais os parceiros. Independentemente de a Sesa conversar com essas entidades, também vamos abrir o diálogo com a Findes (Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo), com o Sinduscon (construção civil) e com as pessoas ligadas à área rural. Temos consciência que esse momento é fundamental para unirmos forças”, disse Eduardo Altoé.

Ele deixou claro que a intenção é a de multiplicar a informação e fazê-la chegar ao maior número de pessoas possível. Segundo Altoé, será preparado um material específico para os profissionais e seus familiares e, inclusive, abrirá espaço na revista dirigida à categoria, que tem uma tiragem de 22 mil exemplares, para falar sobre a necessidade de todos combaterem o foco do mosquito.

Já o secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira,lembrou que hoje o número de casos de dengue é 10 vezes maior se comparado ao mesmo período do ano passado. “Esse número por si só já justificaria o imenso problema que estamos enfrentando em todo o país. A questão é simples: ou a maioria das pessoas se mobiliza ou a gente perde essa guerra. E temos um desafio assustador pela frente que é o zika vírus, que hoje desafia as autoridades médicas a provarem sua relação com a microcefalia. Enfim, o Governo do Estado está em uma cruzada para envolver cada cidadão para eliminar o mosquito Aedes aegypti”, disse.

Oliveira falou da necessidade das pessoas criarem o hábito de eliminar os possíveis focos do mosquito semanalmente e no mesmo dia em suas casas, lembrando que 75% dos focos do mosquito estão dentro das residências. “Se isso não for feito perderemos essa guerra e a situação é gravíssima”, disse o secretário.

O Governo do Estado já adotou uma série de medidas para combater o mosquito: decretou Estado de Emergência; criou por decreto os síndicos dos prédios públicos, que têm a função de eliminar os focos em cada repartição pública; fez parceria com o Exército e com a Marinha, além do Corpo de Bombeiros; adquiriu repelentes que foram distribuídos para as gestantes do Espírito Santo; mantém semanalmente (toda sexta-feira) uma reunião do Gabinete de Monitoramente do Mosquito, que envolve os municípios e o quadro técnico da Sesa para avaliar os números referentes à dengue e ao zika e também adotar medidas estratégicas para atuar nos municípios com maior incidência das doenças, entre outras ações.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira,a Sesa continuará a buscar parcerias junto a outras entidades com o objetivo de criar mecanismos que possam multiplicar as informações e conscientizar as pessoas a fazerem a sua parte.

Principais ações do Governo do Espírito Santo 

- Força tarefa em seis cidades da Região Sul do Estado para apoiar os municípios no combate ao Aedes aegypti;

- Realização do exame RT-PCR, que detecta a presença do zika vírus no organismo, no Laboratório Central (Lacen) da Secretaria de Estado da Saúde; 

- Publicação da Portaria 006-R de 25 de janeiro de 2016, que estabelece que serviços de saúde ou profissionais de saúde notifiquem, obrigatoriamente, os casos suspeitos ou confirmados de infecção por zika vírus, os casos de microcefalia e os de gestantes com doença exantemática aguda;

- Publicação da Portaria 005-R de 25 de janeiro de 2016, que estabelece o pagamento de multa, para pessoa física e jurídica, quando em imóveis de sua propriedade ou alugados forem identificadas situações propícias para proliferação do Aedes aegypti ou existência de criadouros do mosquito; 

- Aquisição de 75 mil repelentes para distribuição para grávidas e 57 mil litros de inseticidas para eliminação do mosquito; 

- Apoio de lideranças evangélicas no combate ao Aedes aegypti; 

- Reunião na Cúria Metropolitana de Vitória para apoio das paróquias da Igreja Católica no combate ao Aedes aegypti; 

- Decreto 2156-S, assinado pelo governador Paulo Hartung, determina que a segunda-feira seja o dia obrigatório de fiscalização de possíveis focos do Aedes aegypti nas áreas internas e externas de todos os edifícios públicos do Poder Executivo; 

- Direcionamento de R$ 35 milhões de recursos dos royalties para que os municípios combatam o mosquito Aedes aegypti; 

- Decreto de situação de emergência, publicado no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo (DIO-ES); 

- Organização do Gabinete de Monitoramento da crise formado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e secretarias municipais de Saúde. Toda sexta-feira este comitê se reúne para avaliar o cenário e definir as prioridades; 

- Formação de um comitê de especialistas para monitoramento da situação (sociedade de obstetrícia, pediatria, infectologia, neurologia e especialista da Sesa); 

- Mobilização das escolas para conscientização dos pais de ações para combate ao mosquito; 

- Solicitação ao Ministério da Saúde de fornecimento de insumos e equipamentos para a realização de exames no Laboratório Central da Sesa; 

- Solicitação ao Ministério da Saúde de inseticidas para ações emergenciais; 

- Intensificação da mobilização social; 

- Mutirão de capacitação em todo o Estado para médicos e enfermeiros de manejo clínico para dengue, chikungunya e zika vírus; 

- Capacitação de maternidades para atendimento à gestante com suspeita de zika; 

- Fluxo de atendimento à gestante permanece o já existente da rede materno-infantil;

- Solicitação ao Ministério da Saúde da inclusão do repelente na Relação Nacional de Medicamentos (Rename) e o fornecimento imediato de 50 mil unidades; 

 - Reunião com maternidades para orientação.

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