Sintomas - Febre do Oropouche
As manifestações clínicas da Febre do Oropouche são parecidas com o quadro clínico de outras arboviroses, como dengue, chikungunya e febre amarela, embora os aspectos eco epidemiológicos dessas arboviroses sejam distintos.
Os casos agudos de Oropouche evoluem com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.
Casos com acometimento do sistema nervoso central (por exemplo, meningite asséptica e meningoencefalite), especialmente em pacientes imunocomprometidos, e com manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia) podem ocorrer.
Parte dos pacientes pode apresentar recidiva, com manifestação dos mesmos sintomas ou apenas febre, cefaleia e mialgia após 1 a 2 semanas a partir das manifestações iniciais. Os sintomas duram de 2 a 7 dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves. Não há relatos de óbitos associados a Febre do Oropouche
As picadas do vetor costumam causar bastante incômodo e reações alérgicas. Não existe tratamento específico para a doença. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico. Não há vacina e tratamento específico disponíveis.
Ao sinal de sintomas, a pessoa deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima.
Óbito
No dia 10/12/24, a a Secretaria da Saúde (Sesa) confirmou o primeiro óbito no Espírito Santo causado pelo vírus Oropouche, de uma mulher de 61 anos, moradora do município de Fundão.
O óbito ocorreu no dia 28 de agosto e a amostra foi enviada ao Lacen/ES no dia 30, com a primeira confirmação pelo vírus feita no dia seguinte. Entretanto, a equipe realizou uma série de metodologias, para a confirmação final.
A investigação do óbito foi realizada de maneira muito minuciosa, utilizando diferentes métodos para eliminar possíveis causadores e confirmar, de fato, o Oropouche. Testamos a amostra para 295 patógenos e apenas o Oropouche foi detectado.
Cuidados da gestante
A Secretaria da Saúde identificou pela primeira vez a transmissão vertical do Oropouche em quatro pacientes no Estado e confirmou um caso de má-formação congênita em um recém-nascido. A divulgação foi feita no dia 10/12/24.
A transmissão vertical ocorre quando há a transmissão de uma infecção ou doença a partir da mãe para o seu feto no útero ou recém-nascido durante o parto.