Os participantes da sexta reunião do Gabinete de Monitoramento de Combate ao Aedes aegypti, realizado nesta sexta-feira (22), no auditório da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), conheceram a experiência cubana na eliminação do mosquito e as ações adotadas pelo município de Santa Teresa para combater o vetor da dengue, zika e chikungunya. Estiveram presentes no encontro, o secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, a gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, Gilsa Rodrigues, além de secretários e representantes de municípios da Grande Vitória e de algumas cidades do interior.

Na abertura da reunião, Ricardo de Oliveira lembrou que, nessa quinta-feira (21), participou de um encontro no Palácio Anchieta que teve a presença dos prefeitos de todo o Espírito Santo. Na ocasião, o secretário mostrou os números referentes aos casos de dengue e zika vírus e o que o Governo do Estado, por meio da Sesa, vem fazendo para combate ao mosquito.

O sexto encontro do Gabinete de Monitoramento de Combate ao Aedes aegypti contou com o relado do médico cubano Orevils Reyes, que trabalha no município de Serra, sobre como seu país fez para combater o mosquito. Segundo o médico, Cuba está há cinco anos sem um único caso de dengue.

O médico contou que a maior incidência da doença em Cuba aconteceu nos anos de 1972, 1975 e 1980. Um agente de endemia é responsável por cerca de 300 domicílios e as medidas de controle são bastante rígidas. “Em Cuba a gente tem a premissa de que a melhor coisa a fazer é evitar a doença”, afirma Orevils. 

Assim como no Brasil, as ações adotadas em Cuba também englobam repelente, inseticida e telas. A ação do fumacê, quando é identificado um foco em residências, é realizada para um tratamento intradomiciliar. Já quando há a identificação de focos do mosquito em um quarteirão, é utilizado um avião como os usados em áreas agrícolas para espalhar o inseticida. 

Também na sexta reunião do Gabinete de Monitoramento, os representantes de Santa Teresa fizeram um balanço do que vêm fazendo no município para combater o mosquito. O município tem usado como estratégia a capacitação dos profissionais que atuam com saúde, elaboraram um modelo completo para identificar os locais onde encontram focos do mosquito e implementaram operações com passeatas, faixas, cartazes folders, palestras, carros de som e mutirão para envolver a população no combate. 

Parcerias

O secretário Ricardo de Oliveira frisou que a mobilização da população é fundamental. Lembrou que se reuniu com as diretorias da Fecomércio e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória quando conseguiu apoio para a conscientização e combate ao foco do mosquito. As próximas reuniões, com o mesmo objetivo, serão realizadas com as direções da EDP Escelsa e da Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo).

Outro aliado importante é a Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Na volta às aulas, os alunos farão um check-list dos cuidados que devem ter em casa para evitar a presença de focos do mosquito Aedes aegypti. Da mesma forma, Ricardo de Oliveira pediu que os prefeitos usassem a mesma estratégia junto aos estabelecimentos de ensino de seus municípios. O secretário disse ainda, que outros locais importantes para conscientizar a população são os terminais de ônibus intermunicipais na Grande Vitória, por onde circulam cerca de 700 mil pessoas por dia.

Gabinete

O Gabinete de Monitoramento de Combate ao Aedes aegypti é composto por membros da Secretaria de Estado da Saúde, representante das Regionais de Saúde do Estado e diretoria do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems).

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