Governo do Espírito Santo distribuirá repelentes para grávidas
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) adquiriu 75 mil repelentes que serão distribuídos pelos municípios com prioridade para grávidas. A previsão é de que o produto seja entregue pelo fornecedor até o dia 11 de janeiro.
De acordo com a gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, Gilsa Rodrigues, o produto será distribuído nas unidades básicas de saúde, onde as gestantes fazem o acompanhamento pré-natal. “A melhor forma de entrega para as grávidas será em suas consultas de pré-natal. O objetivo da aquisição do repelente é atender a toda gestante do Estado”, explica. Ainda segundo Gilsa, o decreto de situação de emergência do governo do Estado possibilitou dar mais celeridade à aquisição do produto.
Além do uso do repelente, a Sesa reforça que as gestantes continuem adotando as medidas para evitar a picada do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, como o uso de roupas longas, utilizarem telas em portas e janelas e mantê-las fechadas no período de circulação de mosquitos, e principalmente, eliminar possíveis criadouros em suas residências.
Inseticida
A Sesa também comprou 57 mil litros de inseticidas para serem utilizados pelos veículos UBV (popularmente conhecidos como carro fumacê) no controle do vetor adulto do mosquito. A previsão é de que nesta segunda-feira (28), a Sesa receba 20 mil litros do inseticida. Para que os municípios possam utilizar o produto, motoristas e operadores serão capacitados para aplicação.
A capacitação inicia na segunda (28) com o município de Serra, depois com os municípios de Vitória, Vila Velha, Aracruz e Viana. Já na outra semana, serão capacitados os municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Cariacica, Linhares, Colatina e São Mateus.
Segundo a gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, o inseticida será utilizado nos municípios com maior prioridade. “Os 57 mil litros de inseticida serão somados aos 10 mil já enviados pelo Ministério da Saúde, com objetivo de eliminar o mosquito adulto. Mas, devemos focar principalmente no combate aos criadouros do Aedes aegypti e rigorosamente, uma vez na semana, fazer a vistoria em casa”, ressalta Gilsa Rodrigues, gerente de Vigilância em Saúde da Sesa.
Números
Até esta quarta-feira (23) o Espírito Santo registrou 825 casos suspeitos de infecção pelo zika vírus, sendo 09 confirmados laboratorialmente (08 em Vitória e 01 em Vila Velha). Foram notificados 25 bebês, entre nascidos e em gestação, diagnosticados com microcefalia, mas ainda sem confirmação de relação com o zika vírus.
Em relação à dengue, foram notificados 39.751 casos da doença entre 04 de janeiro e 19 de dezembro de 2015 no Espírito Santo. Destes, 947 são suspeitos da forma grave, 28 são óbitos confirmados e 19 são óbitos sob investigação.
Saiba como identificar
Saiba como prevenir
Uma vez que dengue, zika e chikungunya são transmitidas pelo mesmo mosquito, as formas de prevenção das três doenças são as mesmas e baseiam-se no controle da proliferação do vetor. São medidas simples, e talvez por isso algumas passem despercebidas. A dica, então, é fazer uma lista com tudo o que deve ser verificado dentro de casa e no quintal para que nenhum item importante seja esquecido.
Outra orientação que deve ser seguida à risca é escolher dias fixos da semana para fazer vistorias e eliminar os criadouros do vetor, pois o ciclo evolutivo do mosquito dura, em média, de cinco a sete dias. Portanto, se a pessoa elegeu o sábado para fazer a vistoria, ela precisa fazer a limpeza sempre nos sábados. Isso porque se numa semana ela fez a vistoria no sábado e na outra deixou para fazer na segunda-feira, por exemplo, já se passou o período evolutivo e novos mosquitos podem ter surgido.
Recipientes como vasilhas de animais domésticos necessitam ser limpos com uma boa escovação nas bordas para retirar possíveis ovos do mosquito. O mesmo deve ser feito com vasos de plantas, tonéis, caixas d’água e a bandeja que fica atrás da geladeira. Aliás, além de limpos, a bandeja detrás da geladeira e os vasos de planta devem ser mantidos sempre sem água.
A escovação desses locais é importante porque a fêmea coloca o ovo na parede desses recipientes e ele pode ficar lá até 450 dias, ou seja, mais de um ano. Assim que entrar em contato com a água, em um ou dois dias o ovo eclode e a larva, que é o primeiro estágio do mosquito, vai para a água. Daí por diante o mosquito completa sua evolução na água e depois vai para o ambiente.
O quintal é outro local que pode se tornar um grande depósito de criadouros do mosquito que transmite dengue e zika, por isso, também deve ser vistoriado toda semana num dia fixo. É importante manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas.
Certifique-se de que as lonas de cobertura estejam bem esticadas para não haver acúmulo de água quando chover. Coloque garrafas vazias de cabeça para baixo, e se por algum motivo tiver pneus no quintal, mantenha-os secos e abrigue-os em local coberto ou descarte-os corretamente se não tiverem utilidade.
Se a casa tiver que ficar fechada por mais de cinco dias, tempo que o mosquito leva para se desenvolver, é importante repassar a lista de verificação antes de sair, lembrando também de manter fechadas as tampas de vasos sanitários e de ralos pouco usados, como os de áreas de serviço e de lazer, que tenham a possibilidade de acumular água; fechar os ralos dos banheiros; e guardar a vasilha de água e de comida dos animais de estimação.
Ações governamentais
- Aquisição de 75 mil repelentes para distribuição para grávidas e 57 mil litros de inseticidas para eliminação do mosquito;
- Apoio da Marinha, por meio da Capitania dos Portos e da Escola de Aprendizes-Marinheiro do Espírito Santo, na participação de mutirões de combate ao Aedes aegypti;
- Apoio do Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Espírito Santo no combate ao Aedes aegypti;
- Apoio de lideranças evangélicas no combate ao Aedes aegypti;
- Reunião na Cúria Metropolitana de Vitória para apoio das paróquias da Igreja Católica no combate ao Aedes aegypti;
- Reunião do Gabinete de Monitoramento de combate ao Aedes aegypti;
- Atualização dos dados referentes à dengue e zika;
- Reunião com maternidades para orientação;
- Envio de Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa solicitando liberação de recursos provenientes dos royalties do petróleo para que os municípios combatam o mosquito Aedes aegypti;
- Decreto 2156-S, assinado pelo governador Paulo Hartung, determina que a segunda-feira seja o dia obrigatório de fiscalização de possíveis focos do Aedes aegypti nas áreas internas e externas de todos os edifícios públicos do Poder Executivo;
- Decreto de situação de emergência, publicado no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo (DIO-ES);
- Participação do Exército nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti;
- Organização do Gabinete de Monitoramento da crise formado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e secretarias municipais de Saúde. Toda sexta-feira este comitê se reunirá para avaliar o cenário e definir as prioridades;
- Formação de um comitê de especialistas para monitoramento da situação (sociedade de obstetrícia, pediatria, infectologia, neurologia e especialista da Sesa);
- Estabelecimento de parceria com o Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para realização de exames de diagnóstico;
- Envolvimento com as secretarias de Governo parceiras para o combate ao vetor – Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Secretaria de Governo (Seg) e Secretaria Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb);
- Mobilização das escolas para conscientização dos pais de ações para combate ao mosquito;
- Solicitação ao Ministério da Saúde de fornecimento de insumos e equipamentos para a realização de exames no Laboratório Central da Sesa;
Solicitação ao Ministério da Saúde de inseticidas para ações emergenciais
- Intensificação da mobilização social;
- Mutirão de capacitação em todo o Estado para médicos e enfermeiros de manejo clínico para Dengue, Chikungunya e Zika Vírus;
- Frota de veículo disponível com equipamento UBV;
- Bombas costais a serem utilizadas em áreas com surto/epidemia;
- Campanha na mídia alertando a população acerca dos riscos e informação sobre a importância de controlar o vetor;
- Identificação de servidores para atuar como síndicos em prédios públicos, com conscientização de toda a equipe de governo.
Ações voltadas para gestantes
- Capacitação de maternidades para atendimento à gestante com suspeita de zika;
- Fluxo de atendimento à gestante permanece o já existente da rede materno-infantil;
- Solicitação ao Ministério da Saúde da inclusão do repelente na Relação Nacional de Medicamentos (Rename) e o fornecimento imediato de 50 mil unidades;
- Reunião com maternidades.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Ana Carolina Stutz
anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
julianamachado@saude.es.gov.br
Álvaro Muniz
alvaromuniz@saude.es.gov.br
Texto: Ana Carolina Stutz
Tels.: (27) 3347-5642/3347-5643/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776