29/12/2015 16h24

Inseticida adquirido pela Sesa é entregue

Parte dos 57 mil litros de inseticida que a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) comprou para utilizar em carros fumacê foi entregue nesta segunda-feira (28). Os 20 mil litros começarão a ser distribuídos para os municípios na medida em que os motoristas desses veículos e os operadores dos equipamentos de pulverização forem capacitados, o que teve início hoje (veja programação abaixo).

Segundo a gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, Gilsa Rodrigues, o inseticida será utilizado nos municípios com maior prioridade. “Os 57 mil litros de inseticida serão somados aos 10 mil já enviados pelo Ministério da Saúde com o objetivo de eliminar o mosquito Aedes aegypti adulto”, disse Gilsa, enfatizando que a população deve manter o foco no combate aos criadouros do mosquito e rigorosamente, uma vez por semana, fazer a vistoria em casa.

Como funciona o fumacê

Conforme explica Roberto Laperrière, referência técnica do Programa de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika da Secretaria de Estado da Saúde, para que o inseticida seja bem utilizado é importante que o veículo esteja a 10 quilômetros por hora e que o equipamento de pulverização seja acionado nos momentos certos e libere a quantidade necessária do produto.

“O equipamento de ultrabaixo volume fica na carroceria do veículo e o operador fica na cabine, junto com o motorista, de onde ele aciona o mecanismo de liberação do inseticida. Uma das informações enfatizadas na capacitação é que o mecanismo não deve ser acionado, por exemplo, ao lado de padarias e restaurantes, grupos de pessoas, pessoas com crianças no colo e idosos”, detalha Laperrière. 

Segundo ele, o equipamento é calibrado para liberar uma quantidade exata de inseticida por quarteirão. Portanto, para obter o resultado esperado, ou seja, eliminar o mosquito alado, é importante seguir corretamente a técnica. “Um quarteirão normalmente tem 10 mil metros quadrados. Se as recomendações de velocidade do veículo, quantidade de inseticida por pulverização e intervalo entre pulverizações não forem seguidas, diminui-se a possibilidade de o mosquito entrar em contato com o inseticida”, explica.

 

Cronograma de capacitação

Dezembro

 

Dias 28 e 29: Serra

Dias 29 e 30: Vitória, Viana, Aracruz e Vila Velha

 

Janeiro

 

Dias 05 e 06: Guarapari, Cachoeiro de Itapemirim e Cariacica

Dias 07 e 08: Linhares, Colatina e São Mateus

 

Prevenção em casa

Uma vez que dengue, zika e chikungunya são transmitidas pelo mesmo mosquito, as formas de prevenção das três doenças são as mesmas e baseiam-se no controle da proliferação do vetor. São medidas simples, e talvez por isso algumas passem despercebidas. A dica, então, é fazer uma lista com tudo o que deve ser verificado dentro de casa e no quintal para que nenhum item importante seja esquecido.

Outra orientação que deve ser seguida à risca é escolher dias fixos da semana para fazer vistorias e eliminar os criadouros do vetor, pois o ciclo evolutivo do mosquito dura, em média, de cinco a sete dias. Portanto, se a pessoa elegeu o sábado para fazer a vistoria, ela precisa fazer a limpeza sempre nos sábados. Isso porque se numa semana ela fez a vistoria no sábado e na outra deixou para fazer na segunda-feira, por exemplo, já se passou o período evolutivo e novos mosquitos podem ter surgido.

Recipientes como vasilhas de animais domésticos necessitam ser limpos com uma boa escovação nas bordas para retirar possíveis ovos do mosquito. O mesmo deve ser feito com vasos de plantas, tonéis, caixas d’água e a bandeja que fica atrás da geladeira. Aliás, além de limpos, a bandeja detrás da geladeira e os vasos de planta devem ser mantidos sempre sem água.

A escovação desses locais é importante porque a fêmea coloca o ovo na parede desses recipientes e ele pode ficar lá até 450 dias, ou seja, mais de um ano. Assim que entrar em contato com a água, em um ou dois dias o ovo eclode e a larva, que é o primeiro estágio do mosquito, vai para a água. Daí por diante o mosquito completa sua evolução na água e depois vai para o ambiente. 

O quintal é outro local que pode se tornar um grande depósito de criadouros do mosquito que transmite dengue e zika, por isso, também deve ser vistoriado toda semana num dia fixo. É importante manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas.

Certifique-se de que as lonas de cobertura estejam bem esticadas para não haver acúmulo de água quando chover. Coloque garrafas vazias de cabeça para baixo, e se por algum motivo tiver pneus no quintal, mantenha-os secos e abrigue-os em local coberto ou descarte-os corretamente se não tiverem utilidade.

Se a casa tiver que ficar fechada por mais de cinco dias, tempo que o mosquito leva para se desenvolver, é importante repassar a lista de verificação antes de sair, lembrando também de manter fechadas as tampas de vasos sanitários e de ralos pouco usados, como os de áreas de serviço e de lazer, que tenham a possibilidade de acumular água; fechar os ralos dos banheiros; e guardar a vasilha de água e de comida dos animais de estimação.

 

 

 

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

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Álvaro Muniz

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Texto: Juliana Rodrigues

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