09/03/2016 14h18

Força tarefa no Sul para combate ao mosquito Aedes aegypti

Seis municípios da Região Sul do Estado receberão uma força tarefa para combater o mosquito Aedes aegypti. Os trabalhos serão realizados, inicialmente, por 12 servidores lotados na Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, e começam nesta quarta-feira (09). Eles darão apoio de campo aos técnicos municipais e a outras atividades para controle do vetor da dengue, zika e chikungunya.

De acordo com a gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, Gilsa Rodrigues, para atuar na força tarefa o grupo de 12 servidores foi dividido. Cada um dos seis municípios receberá dois servidores da vigilância. As cidades que iniciam a força tarefa nesta quarta (09) são Jerônimo Monteiro, Atílio Vivácqua, São José do Calçado, Bom Jesus do Norte, Rio Novo do Sul e Cachoeiro de Itapemirim.

“Esses servidores vão apoiar os municípios em atividades de controle do mosquito. Vão dar apoio técnico e acompanhar atividades de bloqueio, e, se necessário também capacitarão pessoal. Essa é mais uma ação do Estado para auxiliar e apoiar os municípios com alta infestação do mosquito e incidência de dengue”, explica Gilsa Rodrigues. A proposta é que a força tarefa atue nesses municípios durante três semanas. Segunda Gilsa, o trabalho poderá ser ampliado para mais municípios da região após a liberação de mais servidores para incorporá-los à força tarefa.

Dados

Foram notificados 21.091 casos de dengue entre 03 de janeiro e 27 de fevereiro de 2016 no Espírito Santo. Destes, 199 são suspeitos da forma grave, 04 são óbitos confirmados e 16 são óbitos sob investigação. No mesmo período, a taxa de incidência da doença no Estado ficou em 536,68.

Até a última quinta-feira (03) o Espírito Santo registrou 2.053 casos suspeitos de infecção pelo zika vírus, sendo 21 confirmados laboratorialmente (15 em Vitória, 02 em Vila Velha, 01 em Cariacica, 01 em Aracruz, 01 em São José do Calçado e 01 em Cachoeiro de Itapemirim). Foram notificados 87 bebês, entre nascidos e em gestação, com suspeita de microcefalia, mas ainda sem confirmação de relação com o zika vírus.

Prevenção

Para se prevenir contra a dengue, zika e chikungunya é preciso combater o mosquito Aedes aegypti, não deixando água parada e eliminando locais e recipientes que sirvam de criadouros do vetor. Por isso, é importante eleger um dia fixo da semana para vistoriar em casa esses locais.

Se a pessoa elegeu o sábado para fazer a vistoria, ela precisa fazer a limpeza sempre nos sábados. Isso porque o ciclo evolutivo do mosquito dura, em média, de cinco a sete dias. Assim, se numa semana ela fez a vistoria no sábado e na outra deixou para fazer na segunda-feira, por exemplo, já se passou o período evolutivo e novos mosquitos podem ter surgido.

A vistoria em casa e no quintal facilita a identificação de locais e medidas que podem passar despercebidas, mas são importantes para eliminar os focos do mosquito.

Principais ações do Governo do Espírito Santo

- Realização do exame RT-PCR, que detecta a presença do zika vírus no organismo, no Laboratório Central (Lacen) da Secretaria de Estado da Saúde;

- Publicação da Portaria 006-R de 25 de janeiro de 2016, que estabelece que serviços de saúde ou profissionais de saúde notifiquem, obrigatoriamente, os casos suspeitos ou confirmados de infecção por zika vírus, os casos de microcefalia e os de gestantes com doença exantemática aguda;

- Publicação da Portaria 005-R de 25 de janeiro de 2016, que estabelece o pagamento de multa, para pessoa física e jurídica, quando em imóveis de sua propriedade ou alugados forem identificadas situações propícias para proliferação do Aedes aegypti ou existência de criadouros do mosquito;

- Aquisição de 75 mil repelentes para distribuição para grávidas e 57 mil litros de inseticidas para eliminação do mosquito;

- Apoio de lideranças evangélicas no combate ao Aedes aegypti;

- Reunião na Cúria Metropolitana de Vitória para apoio das paróquias da Igreja Católica no combate ao Aedes aegypti;

- Decreto 2156-S, assinado pelo governador Paulo Hartung, determina que a segunda-feira seja o dia obrigatório de fiscalização de possíveis focos do Aedes aegypti nas áreas internas e externas de todos os edifícios públicos do Poder Executivo;

- Direcionamento de R$ 35 milhões de recursos dos royalties para que os municípios combatam o mosquito Aedes aegypti;

- Decreto de situação de emergência, publicado no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo (DIO-ES);

- Organização do Gabinete de Monitoramento da crise formado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e secretarias municipais de Saúde. Toda sexta-feira este comitê se reunirá para avaliar o cenário e definir as prioridades;

- Formação de um comitê de especialistas para monitoramento da situação (sociedade de obstetrícia, pediatria, infectologia, neurologia e especialista da Sesa);

- Mobilização das escolas para conscientização dos pais de ações para combate ao mosquito;

- Solicitação ao Ministério da Saúde de fornecimento de insumos e equipamentos para a realização de exames no Laboratório Central da Sesa;

- Solicitação ao Ministério da Saúde de inseticidas para ações emergenciais;

- Intensificação da mobilização social;

- Mutirão de capacitação em todo o Estado para médicos e enfermeiros de manejo clínico para dengue, chikungunya e zika vírus;

- Capacitação de maternidades para atendimento à gestante com suspeita de zika;

- Fluxo de atendimento à gestante permanece o já existente da rede materno-infantil;

- Solicitação ao Ministério da Saúde da inclusão do repelente na Relação Nacional de Medicamentos (Rename) e o fornecimento imediato de 50 mil unidades;

 - Reunião com maternidades para orientação.

Informações à Imprensa:

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
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Texto: Ana Carolina Stutz
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