12/01/2018 13h07 - Atualizado em 12/01/2018 13h14

Secretaria da Saúde realiza treinamento sobre vigilância entomológica da febre amarela  

Técnicos das superintendências regionais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e técnicos das secretarias de saúde de aproximadamente 40 municípios capixabas participaram, nesta semana, de um treinamento teórico e prático sobre vigilância entomológica da febre amarela. O treinamento, promovido pelo Núcleo de Vigilância Ambiental e pelo Núcleo de Entomologia e Malacologia da Sesa, contou com a participação de 50 profissionais.

O treinamento foi realizado no Parque Botânico da Vale, na quarta (10) e na quinta-feira (11). Lá, os profissionais caminharam por mata fechada para identificar os mosquitos que transmitem a febre amarela e para capturar amostras. Na parte teórica, eles receberam informações sobre metodologia de captura dos mosquitos, protocolo de acondicionamento e envio de amostras para o laboratório de referência, protocolos para preenchimento das fichas de amostras e panorama atual da febre amarela no Brasil e no Espírito Santo.

“No treinamento prático, usamos uma espécie de coador de café, que é o puçá entomológico, e um aspirador em castro. E também ensinamos os profissionais a montar armadilhas. Os mosquitos, quando capturados, são acondicionados em nitrogênio líquido e enviados para a Fiocruz, que é o laboratório de referência para realização de pesquisa viral”, comentou o biólogo Antonio Francisco Alves da Silva, do Núcleo de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde.

Segundo o biólogo, o objetivo da capacitação foi habilitar os municípios para a realização de vigilância passiva, aquela que cuida das pesquisas e que ajuda a antecipar as intervenções na saúde. “Hoje, todas as pesquisas entomológicas são realizadas pelo Núcleo de Entomologia da Sesa, mas a intenção é descentralizar esse trabalho. Queremos verificar onde está ocorrendo a circulação do vírus da febre amarela antes que ocorram casos em humanos ou epizootia de primatas não humanos. Para isso, podemos utilizar o estudo dos vetores”, comentou Antonio Francisco, que é doutor e mestre em biociência e biotecnologia.

 

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