O período de calor e chuvas chegou e, nesta época, a tendência é aumentar o número de pessoas que buscam os serviços de saúde com sintomas de dengue, zika e, a partir deste ano, chikungunya. Por isso a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa), por meio do Programa Estadual de Dengue, vai oferecer capacitação para médicos e enfermeiros sobre o manejo clínico destas três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Segundo a médica infectologista e sanitarista Theresa Cristina Cardoso da Silva, referência técnica do Programa Estadual de Dengue, o objetivo é alcançar o máximo possível de profissionais que atendem os pacientes, no caso, os médicos e os enfermeiros. Ela ressaltou que nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) são os enfermeiros que têm o primeiro contato com os pacientes, e nos Prontos Atendimentos (PAs) e prontos-socorros, tanto da rede privada quanto pública, eles é que fazem a classificação de risco, portanto, esses profissionais precisam estar muito bem treinados.

“Dengue, zika e chikungunya são doenças causadas por vírus contra os quais ainda não existe tratamento específico. Porém, existe uma forma de conduzir o caso, ou seja, quais exames pedir, que medicamento usar para aliviar os sintomas ou prevenir a gravidade, como deve ser feita a hidratação do paciente, quais são os sinais de alarme. Isso é manejo clínico”, explicou a referência técnica.

De acordo com a médica, todo ano é oferecido esse tipo de capacitação pela Sesa, e este ano se faz ainda mais necessário por causa da chikungunya, que começou a ser transmitida dentro do território capixaba neste ano, e devido à zika, doença que sobressaiu no ano passado, que continua crescendo em número de casos e tem afetado muitas gestantes, provocando microcefalia e outras malformações em bebês.

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